Galeria Alegria: Sonny Stitt (Técnica artística uso de AREIA)

terça-feira, 13 de março de 2012

Sonny Stitt (Técnica artística uso de AREIA)

No início dos anos 40, Sonny tocou sax alto na orquestra de Tiny Bradshaw, e em 1945 entrou para a célebre big band de Billy Eckstine, onde estavam também outros bebop como os tenoristas Gene Ammons e Dexter Gordon. (Ammons seria seu parceiro musical freqüente entre o fim dos anos 40 e o início dos anos 60.) Depois de Eckstine, tocou na big band e no sexteto de Dizzy Gillespie e gravou com Bud Powell e J. J. Johnson em 1949. Nesse ano começou a tocar sax tenor e barítono. Dirigiu diversos grupos pequenos nos anos 50 e gravou com o trio de Oscar Peterson em 1957. Voltou a se reunir por um breve período com Dizzy no final dos anos 50, e tocou com o quinteto de Miles Davis em 1960, substituindo ninguém menos que John Coltrane. Sonny tocou com os Giants of Jazz (Dizzy Gillespie, Art Blakey, Kai Winding, Thelonious Monk e Al McKibbon) no início dos anos 70. Morreu de câncer aos 58 anos.

Sonny era um saxofonista extremamente competente e confiável, e isso fica demonstrado pelo grande número de sessões de gravação em que participou como sideman, nos anos 50, 60 e 70.

Uma questão interessante que pode ser colocada diz respeito à influência de Charlie Parker sobre Sonny Stitt. Certamente Sonny absorveu muito de Bird, mas isso só fica evidente quando toca sax alto. À medida que Sonny começou a privilegiar o tenor em vez do alto, a similaridade estilística, inicialmente muito estreita, foi se diluindo. Quando toca tenor, seu fraseado e sua sonoridade sem muito peso nos graves lembram, em vários momentos, Lester Young. Nas baladas, em particular, apresenta seu lado mais relaxado e lírico. Nesse sentido, Sonny está numa posição análoga, por exemplo, à de Dexter Gordon: domina plenamente a linguagem do bebop, esteve presente no movimento desde sua origem, mas também tem o seu lado mais cool; e assim acabou desenvolvendo um estilo próprio, que combina influências de ambos os lados.
V.A. Bezerra, 2001

Não se confunda com ESCULTURA, que pode ser COM areia, pedra, madeira, gelo, enfim tudo que seja sólido. Nestes exemplos os artistas utilizam areia como um "pincel", uma "talha" para apresentar sua expressão artística.