quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Roy Fox Lichtenstein

Obra de Lichtenstein é vendida por US$ 43,2 milhões nos EUA. Quadro de 1961 é um dos primeiros do artista americano com a estética das histórias em quadrinhos.

A obra "I can see the whole room, and there's nobody in it!" ("Posso ver o quarto inteiro, e não há ninguém nele") foi vendida(8nov2011) por US$ 43,2 milhões (cerca de R$ 75,3 milhões) em um leilão na Christie's de Nova York.



"Trata-se de uma das primeiras pinturas nas quais o autor se apropria da estética das histórias em quadrinhos e marca o que conhecemos como pop art", disse à Agência Efe o responsável de arte de pós-guerra e contemporânea da casa de leilões, Koji Inoue.



Lichtenstein pintou o quadro em 1961 e nele retratou um homem que olha através de um buraco em uma parede e pronuncia a frase que dá nome à obra. "É um trabalho seminal e um contra-ataque ao que faziam na época os expressionistas abstratos", declarou Inoue. O preço da obra representa um recorde de venda para o artista, de acordo com a Christie's, que lembrou que este mesmo trabalho foi leiloado em 1988 e adquirido por US$ 2,09 milhões.

Outra obra de Lichtenstein, "Ohhh ... Alright ...", que retrata uma mulher nervosa falando por telefone, havia sido vendida em nov2010 por US$ 42,64 milhões. No mesmo leilão, uma das obras mais emblemáticas e conhecidas da pop art, "Four Campbell's Soup Cans Images" elaborada por Andy Warhol (1928-1987), foi adquirida por US$ 9,82 milhões.

Roy Fox Lichtenstein (Nova Iorque, 27out1923 — 29set1997) foi um pintor estado-unidense identificado com a Pop Art. Na sua obra, procurou valorizar os cliches das histórias em quadradinhos como forma de arte, colocando-se dentro de um movimento que tentou criticar a cultura de massa.

O seu interesse pelas histórias em quadradinhos (banda desenhada), como tema artístico, começou provavelmente com uma pintura do rato Mickey, que realizou em 1960 para os filhos. Nos seus quadros a óleo e tinta acrílica, ampliou as características da banda desenhada e dos anúncios comerciais, e reproduziu à mão, com fidelidade, os procedimentos gráficos. Empregou uma técnica pontilhista conhecida como Pontos Ben-Day para simular os pontos reticulados das histórias. Cores brilhantes, planas e limitadas, delineadas por um traço negro, contribuíam para o intenso impacto visual.

Com essas obras, o artista pretendia oferecer uma reflexão sobre a linguagem e as formas artísticas. Os seus quadros, desvinculados do contexto de uma história, aparecem como imagens frias, intelectuais, símbolos ambíguos do mundo moderno. O resultado é a combinação de arte comercial e abstração.

Muitas ilustrações de Lichtenstein eram copiadas de artistas de histórias em quadrinhos como Jack Kirby e Russ Heath sem lhes dar créditos.

Cara de Barcelona, Roy Lichtenstein, Paseo Colón, Barcelona

O Canto encantado

Aguardando o solstício de 21dez12