Uma das referências da arte do século 20, morreu em 2012 aos 88 anos, confirmaram à Agência Efe e fontes da prefeitura de Barcelona. Tàpies foi um dos grandes nomes da arte abstrata do século 20. Sensível aos acontecimentos políticos, foi opositor da ditadura Franco na Espanha nos anos 1960 e início dos 1970. Em 1992, o artista recebeu a Medalha de Ouro da cidade.
Tàpies nasceu em Barcelona em 1923, no seio de uma família burguesa e culta. Em 2010, foi nomeado marquês de Tàpies por sua contribuição às artes plásticas. O artista possuía uma fundação em sua cidade natal onde expunha boa parte da evolução de sua obra.
"Meine Malerei ist eine Meditation über die Natur des Menschen." Der grosse spanische Künstler (1923-2012) lässt sich in dieser eindringlichen Dokumentation bei der Arbeit filmen, gibt Auskunft über sein Leben, philosophiert über die Kunst und gibt dem Filmteam rare Einblicke in seine Welt (G. Rood, BBC 1991, 54 Min.).
Lesetipp: Sehr empfehlenswert sind auch Tapiès' theoretischen Schriften, insbesondere "Die Praxis der Kunst" (Erker-Verlag 1997).
Antoni Tàpies i Puig, marquês de Tàpies (Barcelona, 13dez1923 - 6fev 2012, pintor catalão, considerado como um dos mais importantes do século XX.
Seu pai, Josep Tàpies Mestres, era advogado, e a sua mãe, Maria Puig Guerra, era filha de uma família de políticos catalães. A profissão do seu pai, e as relações políticas do lado da sua mãe, proporcionaram-lhe um ambiente liberal durante a sua infância. Em 1942, devido a uma doença pulmonar, passa algum tempo a convalescer num sanatório em Puig d’Olena. Durante este período, dedicou-se a copiar obras de artistas como Picasso ou Van Gogh. Leu Nietzsche, Dostoievsky e filosofia oriental, nomeadamente o Budismo Zen; ao mesmo tempo, ouvia a música do romantismo e Richard Wagner. Estuda Direito na Universidade de Barcelona. Ao mesmo tempo que estudava Direito, Tàpies dedicou parte do seu tempo à pintura e colagens, de conteúdo existencialista e surrealista (p.ex. Figura de Papel de Jornal e Fios,1946-1947), influenciado por filósofos como Jean-Paul Sartre e Martin Heidegger. Em 1945, abandona os estudos e, no ano seguinte, instala-se no seu estúdio em Barcelona. Os anos seguintes são de contato com diferentes artistas e intelectuais, e de crescente reconhecimento da sua obra. Em 1953, casa-se com Teresa Barba, situação que o fará abandonar a sua vertente surrealista, adoptando a corrente doinformalismo europeu. Simpatizante da causa catalã (expressa nalguma pinturas como O Espírito Catalão, de 1971), apoia alguns movimentos de protesto ao franquismo, que o levam à prisão por breves períodos, no final dos ano 60, princípios de 70. A década de 70 é de prestigio internacional. A obra de Tàpies foi exposta em todo o mundo, nos principais museus de arte moderna. Doutorado por diversas vezes Honoris Causa, recebeu inúmeros prémios, dos quais se destacam a Medalha de Ouro da Generalidade da Catalunha (1983), e oPrémio Príncipe das Astúrias das Artes (1990). Em 1990, é inaugurada a Fundação Antoni Tàpies, instituição fundada pelo próprio para divulgar a arte contemporânea.
Em 1948, expõe pela primeira vez no Salão de Outubro de Barcelona. Toma contactos com artistas e intelectuais vanguardistas, e funda, juntamente com o poeta Joan Brossa, os pintores Joan Ponç e Modest Cuixart, o impressor Joan Josep Tharrats e o filósofo Arnau Puig, o movimento Dau Al Set, e uma revista com o mesmo nome, de conteúdo surrealista e influências dadaístas A obra inicial de Tàpies é influenciada pelo surrealismo, conforme se pode constatar em A Ocultação de Wotan (1950), principalmente pelos pintores Paul Klee e Joan Miró. Em 1950, Tàpies faz a sua primeira exposição individual nas Galerias Laietanes de Barcelona. Após ter obtido uma bolsa de estudo viaja para Paris onde se relacciona com Picasso. As suas exposições prosseguem em Madrid, Veneza e Nova Iorque, na galeria de Martha Jackson.
O casamento, em 1953, com Teresa Barba, influencia a sua vida pessoal, e de artista, e muda progressivamente de estilo. Passa a utilizar nas suas pinturas, materiais como cordas, papel ou pó de mármore. Tàpies acompanha assim a corrente europeia do informalismo, caracterizada por pinturas em que a tinta ganha espessura e consistência. A sua obra, neste período, é apoiada pelo crítico francês Michel Tapié, e trabalha, durante a década de 50 e 60, com outros informalistas espanhóis como Enrique Tábara, António Saura e Manolo Millares. Exemplo desta nova fase é o quadro Branco com Manchas Vermelhas (1954), Grande Pintura Pinzenta (1955) ou Corpo de Matéria e Manchas de Côr Laranja (1968).
Os anos 50 e 60 reconhecem o seu trabalho a nível internacional. O final da década de 60, e anos 70, trazem a Tapiès as influências da Arte Povera, e incorpora nos seus trabalhos objectos mais sólidos como mobiliário ou roupa (Trapos e Cordéis Sobre Tábua, de 1967; Palha e Madeira, de 1969; Peça de Roupa, de 1973).
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