sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Amedeo Clemente MODIGLIANI

Nasceu em Livorno, 12jul1884 — Paris, 24jan1920, artista plástico e escultor italiano que viveu em Paris. Um artista principalmente figurativo, ele se tornou conhecido por pinturas e esculturas em estilo moderno caracterizado por faces mascara e alongamento da forma. Morreu de meningite tuberculosa, agravada pela pobreza, excesso de trabalho, alcool e drogas (haxixe).

Modigliani nasceu em uma família judia, em Livorno, Itália. A cidade portuária, Livorno, por muito tempo serviu de refúgio para os perseguidos devido sua religião e era o lar de uma grande comunidade judaica. Seu avô materno, Solomon Garsin, tinha emigrado para Livorno no século 18 como um refugiado. Modigliani foi o quarto filho de Flaminio Modigliani e sua esposa francesa, Eugenia Garsin.

Seu pai era um cambista, mas quando seu negócio faliu, a família começou a viver na pobreza. O nascimento de Amedeo salvou a família da ruína, pois de acordo com uma lei antiga, os credores não podiam tomar a cama de uma mulher grávida ou de uma mãe com um filho recém-nascido. Os oficiais de justiça entraram na casa da família, justamente quando Eugenia entrou em trabalho de parto. A família então protegeu seus pertences mais valiosos colocando-os em cima dela.

Modigliani teve uma estreita relação com sua mãe, que deu-lhe aulas até ele completar dez anos.
Na infância, sofreu de diversas doenças graves: pleurisia, tifo e tuberculose, o que comprometeu sua saúde pelo resto da vida - mas cujo tratamento forçava-o a constantes viagens e grande intercâmbio cultural até a mudança definitiva a Paris, em 1906. É conhecido por ter começado a desenhar e pintar precocemente, antes mesmo dos estudos habituais. Aos quatorze anos, durante uma crise de febre tifóide, ele delirava e em seus delírios, falava que queria acima de tudo ver as pinturas no Palazo Pitti e Uffizi, em Florença. Sua mãe então prometeu a ele que assim que recuperado, o levaria a Florença. Ela não só cumpriu a promessa como o matriculou com o melhor mestre de pintura em Livorno: Guglielmo Micheli.

Como outros pintores e artistas, viveu a experiência da extrema pobreza. Por meio dos companheiros de arte, conheceu o poeta polaco Leopold Zborowski, que se tornaria seu melhor e mais devotado amigo, além de incentivador e marchand. Em 1917, Zborowski consegue para Modigliani uma exposição individual na galeria Weil. A exposição durou apenas um dia, pois se transformou num escândalo graças aos nus expostos na vitrine da galeria.

A grande musa de Amedeo foi Jeanne Hébuterne, com quem teve uma filha, Jeanne, em 1918. Complicações na saúde fazem o pintor viajar para o sul da França com a esposa e a filha, a fim de recuperar-se. Retorna a Paris ao final de 1918. Na noite de 24jan1920, aos 36 anos, Modigliani morre de tuberculose, agravada pelo consumo excessivo de álcool e drogas (haxixe). Foi sepultado no célebre Cemitério do Père-Lachaise. No dia seguinte à morte do pintor, sua esposa Jeanne, grávida de nove meses, suicidou-se ao atirar-se do quinto andar de um edifício.




Modigliani - Un film di Mick Davis. Con Andy Garcia, Elsa Zylberstein, Omid Djalili, Susie Amy, Peter Capaldi, Beatrice Chiriac. USA 2004

Link para arquivo de imagens das obras do artista:
http://www.4shared.com/file/MpLHJs5D/Amedeo_Clemente_Modigliani.html

Livorno, 10 de abril de 1898. A professora Eugénie Garsin registra em seu diário que o filho Amedeo, de 14 anos, não quer mais saber de estudar: interessa-se exclusivamente por pintura. Três anos antes, o garoto de saúde frágil, cujos problemas pulmonares começaram com uma pleurite e dariam numa tuberculose fatal na idade adulta, já havia relatado ter sentido uma atração imensa pelos pincéis e as telas, em delírios consequentes de uma febre tifoide. Logo Amedeo Clemente Modigliani seria tragado pelas aulas de Guglielmo Micheli. A mãe angustiada não veria o nome do caçula ganhar o mundo. Tampouco ele. Modigliani morreu num apartamento sem calefação, aos 35 anos, no inverno de 1920, na vanguardista Paris em que vivera em busca de sua própria arte e dos prazeres da boemia, e onde alcançara a maturidade como criador.

Só nos anos 30 começaria a ser valorizada sua concisa obra, constituída por não mais do que 400 óleos, 30 esculturas e 1.600 desenhos. Picasso, companheiro de corpo cuja atividade artística durou o dobro do tempo, deixou 24 mil itens. Os brasileiros nunca tiveram a chance de apreciar, numa mostra de porte, seu traço único, reconhecível ao primeiro olhar, tanto nos retratos quanto nas peças em bronze ou pedra - as figuras com elementos cubistas, de rostos triangulares e longilíneos, de bocas pequenas, olhos amendoados e narizes afilados. Depois de dois meses em Vitória, a exposição "Modigliani - Imagens de Uma Vida", foi aberta no Museu Nacional de Belas Artes na quarta passada. Em abril, viaja para o Masp, que tem seis retratos do artista na mostra "Olhar e Ser Visto", inclusive a mais valiosa: seu único autorretrato, de 1911, propriedade de um colecionador brasileiro. Na quinta à tarde, o público teve uma oportunidade ainda mais especial: uma visita guiada por Charles Parisot, especialista que é presidente do Modigliani Institut Archives Légales Paris-Roma e curador da exposição. Ele trouxe de colecionadores particulares e instituições nos Estados Unidos, Japão e Europa 230 peças, sendo 54 pinturas, cinco esculturas, 55 desenhos e documentos, fotos e diários. Mesmo falando em italiano, Parisot hipnotizou cerca de 50 pessoas com detalhes saborosos da vida dele, relatados em painéis e no filme "Modigliani - A Paixão Pela Vida" (2004), com Andy Garcia de protagonista, e focado na suposta rivalidade entre ele e Picasso, companhia nos saraus e nos ateliês de Montmartre. Ele desmentiu não só a briga com o espanhol, mas também o mito de que Modigliani era um beberrão drogado e de que nascera numa família indigente. Nos textos e nas telas, a mostra passa pelas paixões de Modigliani, sua fuga dos valores burgueses (viveu um grande amor com Jeanne Hebuterne, mãe de sua filha, mas nunca se casou; sua morte levaria ao suicídio de Jeanne, grávida de oito meses). "Retrato de Homem de Bigode", de 1900, de quando ele tinha 16 anos, "feito em uma hora, sem seguir as técnicas tradicionais do impressionismo", é o destaque da primeira sala. As mulheres de "Jeune Femme Aux Yeaux Bleus" (1917) e "Grand Nu Allongé" (1918) estão entre suas musas mais conhecidas.

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