
Wild walk

Watch washer

Um artista francês utiliza bonecos de plástico em miniatura para reproduzir cenas da vida cotidiana. O fotógrafo e designer gráfico Vincent Bousserez diz que começou a tirar as fotos da série "Plastic Life" (ou "vida plástica", em tradução livre) depois de se encantar com uma loja de miniaturas que começou a frequentar levado por um amigo.
"Essas fotos em "close" eliminam a distância entre o olho do espectador e a cena que ele descobre", descreveu Bousserez à BBC Brasil.

"Ele entra em um mundo estranhamente similar ao dele e diferente ao mesmo tempo. Cada foto se torna um roteiro poético e bem-humorado que pode ser interpretado como a denúncia dos vícios de nosso tempo."
Ele diz que a ideias das fotos vêm espontaneamente. "Na maioria das vezes, eu compro esses bonequinhos sem pensar em uma cena. Eu simplesmente os carrego comigo. E quando estou em algum lugar e vejo algo, a inspiração vem naturalmente", conta.
Ao criar, o artista se compara com "uma criança". "Eu interrompo a conversa, apanho esta ou aquela mobília que descobri, pego os bonecos e componho minha natureza morta. Adapto a luz e então tiro as fotos", afirma.

"É espontâneo, natural, baseado no humor. Não quero pensar muito e elaborar algo muito profundo. Prefiro deixar minha imaginação fluir, e quando uma cena humorística me vem à mente, eu não hesito, não espero, organizo minhas coisas e a torno real!"
Desde que começou a ser publicada em 2008, "Plastic Life" foi exibida em diversas revistas e jornais franceses, e em galerias em Paris e Geneva - incluindo a Bailly Contemporain e Charly Bailly, que representam o artista. Bousserez diz que está agora à procura de editoras dispostas a transformar a obra em livro.

Hoje diretor de uma agência de propaganda, o parisiense nascido em 1973 diz que "fotografia e design gráfico pessoal têm um grande espaço na minha vida: toda noite, todo dia antes de ir para o trabalho, e aos fins de semanas" e que "às vezes, se não tivesse de dormir, usaria as noites para criar mais".
"Mas agora não posso continuar mais, pois há cinco meses sou pai e quero dedicar mais tempo à minha filha Lucie e minha noiva, Bénédicte."

Nenhum comentário:
Postar um comentário