Recebo o convite abaixo. Grato pela atenção, neste post encaminho algumas imagens do meu arquivo, fiquem a vontade de utilizar para o projeto.
Veranice Gornik e Denisson Oliveira convidam
Para a exposição: "Artistas Arquitetos" a se realizar até 30 de janeiro, na Prova do Artista Galeria de Arte Trav. Bartolomeu de Gusmão, 13 lj. 01 – Rio Vermelho– Salvador – Bahia.
Contamos com sua presença.
Fones: 71 3245-1660 / 71 3331-6247
ARTISTAS / ARQUITETOS
Uma mostra para celebrar o dia do arquiteto, 11 de dezembro. E quando se fala em arquitetura na Bahia, o primeiro nome que vem à tona é o de Diógenes Rebouças, primeiro arquiteto moderno baiano, o homenageado da exposição.
Sem a pretensão de confrontar estilos e tendências da arte realizada nos dias de hoje, a falta de unidade estética é conseqüência inevitável, uma vez que a formação do artista em escolas de arquitetura foi o critério da curadoria. Arquitetos que descobriram ou se tornaram artistas plásticos por caminhos e interesses múltiplos e, muitas vezes, contraditórios.
Uma boa razão para uma galeria de arte, dirigida também por um arquiteto, organizar e realizar uma exposição de arte. Para a crítica, o espectador e, em especial, os profissionais da área, é uma oportunidade para se especular sobre a arquitetura, a arte e seus efeitos na paisagem urbana. Sem falar das diversidades das linguagens contemporâneas na arte dos arquitetos / artistas.
A estreita relação entre arte e arquitetura é indiscutível. O desejo moderno de planejar e ordenar o ambiente habitável, aliado à necessidade de qualificação poética, se apropriou das novas possibilidades técnicas e formais para realizar as soluções estéticas da cidade moderna.
Com a economia do metro quadrado à frente da arte e das condições culturais e sociais, a função do arquiteto foi relegada a desenhar abrigos sem poesia.
Cada artista da mostra como uma divindade, diria o poeta e crítico de arte Guillaume Apollinaire, cria um mundo à sua imagem, resultado de um caminho ou trajetória singular.
O homenageado, além de arquiteto e urbanista, foi responsável pela formação de muitos arquitetos, quando Salvador tinha apenas uma "escolinha" de arquitetura, desprovida de mestres e doutores, onde a arte e o humanismo eram ingredientes da construção civil. A cidade tinha o privilégio, em alguns momentos, de construir arquiteturas que ainda inquietam as nossas imaginações culturais.
Arquiteto moderno, o professor Diógenes Rebouças não tinha a intenção, com a sua pintura, de inaugurar ou experimentar uma linguagem pictórica. Seu compromisso era olhar o passado da cidade e registrá-lo, com a técnica e a psicologia do impressionismo, como um tempo imóvel, guardado numa superfície valorizada pelo oficio do artista.
Pinturas que são verdadeiros documentos históricos.
Retratos da imagem da cidade, reimaginada pelo arquiteto, pintor das horas vagas. Talvez a consciência de que a tradição moderna estava ancorada nas ruínas do passado, recuperada através do olhar do artista, no plano da tela.
A multiplicidade de tendências e diferenças mostra que a condição de ser arquiteto, trabalhar com estética, mas principalmente com cálculos e uma racionalidade matemática, não implica afinidade com uma única linguagem ou estilo. O espectador não vai encontrar nenhuma unidade nos trabalhos dos artistas / arquitetos, e sim aproximações e discordâncias visuais que caracterizam a arte contemporânea, resultado do embate individual do sujeito, suposto artista, com a arte e a vida. A história de vida não explica o fazer e a opção do artista, mas se tangenciam em um ponto qualquer, antes do infinito.
Almandrade(artista plástico, poeta e arquiteto)
Artistas participantes:
Almandrade , Caito, Chico Mazzoni, Claudio Tozzi, Gilberto Salvador, Jamison Pedra, Juraci Dórea, Luiz Humberto, Lorenço Muller, Newton Mesquita, Silvio Openheim, Takashi Fukushima, Valdo Robato.
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