Nasceu em Toscana, 1nov1596 – Roma, 16mai1669. Como pintor, reconhecido por seus afrescos, e como arquiteto, foi um influente contemporâneo dos grandes nomes do Barroco, Caravaggio, Bernini e Borromini.
Pietro nasceu em Cortona, então parte do Grão-ducado da Toscana, de uma família de artistas. Ele primeiro foi aprendiz de modestos artistas florentinos como Andrea Commodi e Baccio Ciarpi. De acordo com a lenda, suas cópias dos afrescos de Rafael em Roma chamaram a atenção do Cardeal Sacchetti que o levou próximo ao Papa Urbano VIII (Maffeo Barberini) e o ajudou, junto com um sobrinho do papa, a conseguir a empreita de decorar com afrescos a recém construída, por Bernini, Igreja de Santa Bibiana. Cortona também pintou para o Cardeal Sacchetti grandes telas, hoje na Galeria Capitolina, representando O Sacrifício de Polyxena, O Triunfo de Baco e O Rapto das Sabinas Esteve engajado também na decoração do Castelo Fusano, proximo a Óstia, usando uma equipe na qual se encontrava Andréa Sacchi. Logo o jovem talento foi apoiado pela família Barberini, então agraciada com a púrpura papal.
Em 1633 Pietro de Cortona começou a pintar os afrescos do teto do Palazzo Barberini (hoje a Galeria Nacional de Arte Antiga, em Roma), comissionado pelo Papa Urbano VIII. Completada seis anos depois, o afresco representa uma Alegoria da Divina Providencia e do poder dos Barberini.
Os panegíricos extravagantes das trompe l'oeil de Cortona perderam o sabor nestes tempos minimalistas, já que ele foi o precursor dos excessos do rococó, infestado de querubins iluminados de sol. Contrastam com o naturalismo renegado e escuro de Caravaggio e relembram que o estilo Barroco não foi monolítico. Mas no seu tempo foi reconhecido como um dos maiores de sua geração e foi eleito diretor da Academia de São Lucas, em Roma, de 1634 até 1638.
Cortona sempre foi patrocinado pela comunidade toscana em Roma, assim não foi surpresa quando recebeu a encomenda de pintar uma série de afrescos na Galeria Palatina do Palácio Piti em Florença, em 1637, quando executou A Idade de Ouro e A Idade de Prata. O Grão-duque Ferdinando II chamou-o em 1641, para executar obras sobre as idades de bronze e ferro, todas tentando reproduzir as quatro idades clássicas do homem e aproveitando para celebrar a herança dos Médici. Fez também uma série de afrescos com motivos astrológicos.
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